segunda-feira, 4 de abril de 2011

História da localidade de Portão I


Em entrevista realizada com a senhora Adelaide Rodrigues Paes, cabeleireira, 53 anos, residente na comunidade há 50 anos. E também em pesquisas realizadas junto à escola Estadual de Ensino Fundamental Visconde do Rio Branco,  em livros e arquivos sobre a comunidade de Portão I, obtive as seguintes informações:
A primeira pessoa a receber uma Sesmaria do Continente de são Pedro foi o senhor Manuel Gonçalves Ribeiro, então ele foi à corte tomar posse da Sesmaria das Conchas, ao retornar, encontrou aqui em Portão I, doze casais portugueses. Então Manuel foi aconselhado pelo imperador que fizesse um “Travessão Divisório” e uma carta de posse, destinando aquelas terras aos doze casais que ali residiam, daí surgiu o primeiro nome de nossa comunidade: Campo dos Casais. Um dos Travessões Divisórios ficava onde hoje é o pedágio de Santo Antonio da Patrulha, deste Travessão saiam três Sesmarias: a do Pântano, a de Ana brito, e a de Manuel Gonçalves Ribeiro, que fazia divisa com o Campo dos Casais atualmente Portão I.
O filho de Manuel Gonçalves Ribeiro que também se chamava Manuel Gonçalves Ribeiro casou-se com uma filha de Jose Inácio e Margarida, casal este que, originou a história da cidade de Santo Antonio da Patrulha.

Segundo a entrevistada, as famílias que foram se tornando moradores do Campo dos Casais construíram suas casas  no “pé do morro” e cultivavam a terra para sua sobrevivência, mas do outro lado da estrada, haviam animais silvestres, e para que estes animais não passassem, os moradores construíram cercas de pedra, e um portão daí o nome da comunidade Portão I, este portão situava-se entre os km 60 e 61 da RS-30.
Atualmente a comunidade de Portão I – antigo campo dos casais conta com aproximadamente 300 famílias.
A atividade econômica que prevalece é a agrícola e criação de gado, e muitas pessoas trabalham em fabricas de calçado e no comércio do da cidade.
Como casas de comercio, temos:  um mercado e açougue, um mini-mercado, pequenos bares, uma agropecuária, um salão de beleza, um ateliê de calçados e uma fábrica de coco.
 Temos também as escolas de ensino fundamental e de educação infantil, a igreja, e o salão comunitário onde ocorrem reuniões, festas, e comemorações.


Escola Visconde do Rio Branco 
Criação de Gado 

Salão de Beleza 

 Mercado e Açougue Anita

Igreja

 Salão Comunitário
 Campos
A entrevistada mostrando a escola e os campos da comunidade de Portão I

Formas de comunicação e educação (passado e presente) na localidade de Portão

Atualmente a comunidade de Portão I conta com diversas formas de comunicação, como por exemplo: Telefone celular, fixo e público (a algum tempo atrás o telefone fixo era mais usado, mas, hoje são raros em nossa comunidade, predominando assim o uso do celular) Internet via rádio e modem (ainda não temos alcance da antena que oferece banda larga) Rádio e televisão (aberta com parabólicas e VHF/UHF, e fechada com SKY e ASEBOX)  e por último, a forma mais antiga de comunicação usada em nossa comunidade, as cartas, contamos com uma caixa postal comunitária que fica localizada no mercado Anita, há poucos meses foi implantado o sistema de entrega de cartas pelo carteiro em cada casa. Segundo as pesquisas que realizei as cartas eram o único meio de comunicação usado antigamente, após então, vieram os telefones que já foram aqui citados.

Como formas de educação, contamos com uma escola de ensino fundamental a Escola Estadual Visconde do Rio Branco, que tem mais de 60 anos e  recentemente recebeu um laboratório de informática com internet.
Há cerca de 40 anos a  escola da comunidade era pequena, os alunos que moravam muito longe da escola  iam a pé ou de carroça,  não tinham condições de comprar material didático, então quando tinham um caderno, e este já estava cheio, era necessário apagar os escritos antigos, para dar lugar aos novos. Segundo investigações até o lápis era usado até que não fosse mais possível pegá-lo na mão para escrever.
Também contamos com  uma escola  de educação infantil que foi criada mais recentemente há cerca de 14 anos.
Nossa comunidade já teve CTG, escola  e time de futebol, mas tudo se perdeu por falta de apoio e estímulo de muitas partes envolvidas.




 Antena transmissora de sinal de celular




E.E.E.F. Visconde do Rio Branco


Telefone Público da comunidade



A foto representa alguns meios de comunicação presentes na comunidade de Portão I, em cima da casa verde uma antena de internet via rádio, e em cima da casa branca uma antena parabólica.







terça-feira, 29 de março de 2011

Como ocorria a Comunicação e a Educação?


Antigamente, a comunicação se dava por diversos meios, como, desenhos pré - históricos, cartas, pessoas eram enviadas para mandar mensagens, máquinas de impressão e também os telégrafos, então, conseqüentemente surgiram, o telefone, o rádio e a televisão. Porém, com a necessidade de uma comunicação mais rápida e eficiente surgiram os computadores e a internet.

Baseado no que já sabemos sobre a escola tradicional, a educação ocorria de forma hierárquica, centralizada somente no professor, na qual ele era o único a transmitir conhecimento, através da fala e do uso do quadro negro, porém a escola sentiu a necessidade de mudar seus métodos de ensino, participando, da evolução da comunicação, e da sociedade.

Atualmente, o aluno é mais participativo, seu aprendizado ultrapassa a sala de aula, pois, a própria escola busca recursos como vídeos, teatro, dança, passeios, gincanas,e também com a informatização da escola, os alunos podem ter acesso aos computadores e a internet, o que às proporciona autonomia de buscar os seus próprios interesses, conectando-os à um mundo até então desconhecido. Aproveitando também seu conhecimento pessoal para a sua formação.


Sem os tipos de comunicação que existem hoje seria impossível a EAD (Educação à Distancia).Com o ensino EAD, o aluno torna-se mais disciplinado, pois, tem a possibilidade de combinar os seus horários no trabalho ou em casa, deve ser mais dedicado aos conhecimentos e recursos exigidos, o que oportuniza um aluno com aprendizado independente, e mesmo a distancia, acaba interagindo e cooperando com o grupo, facilitando o aprendizado de todos.

Entretanto, nem todos têm a mesma disposição e/ou conhecimento para trabalhar em EAD, por isso o trabalho de grupo é importante, pois, cada integrante coopera com sua própria habilidade, vencendo assim, as dificuldades encontradas pelo grupo.
O ensino à distancia pode contribuir e muito, na vida dos povos do campo, pois, elas não precisam se deslocar com grande freqüência, o que os impede de deixar seus afazeres. E o mais importante que se sintam incluídos em um mundo desconhecido que até então somente a comunidade urbana participava.







segunda-feira, 28 de março de 2011

História de Minha Vida

Eu nasci em 1992 no Hospital Getulio Vargas na cidade de sapucaia do sul (RS). Até um  ano e um mês morei com minha mãe biológica que era muito carente e não tinha condições de me criar a família era grande e a renda era pequena, uma das irmãs de minha mãe havia sido adotada a um casal eles a criaram muito bem, e quando ela ia se casar foram  até a casa onde eu morava  para entregar o convite, foi quando me viram e o fato de quererem me doar foi  comentado ao casal, que logo lembrou de um outro casal amigo deles que já estavam casados a 17 anos e não podiam ter filhos biológicos. Adelaide e Juarez é como eles  se chamam, e foram reconhecidos por mim, como meus pais, desde a primeira vez que os vi, pois, sem nunca tê- los visto eu fui ao colo do homem que chegou e o chamei de PAI, foi aí que a minha vida começou. Mudei-me então para Portão I área rural de Santo Antonio da Patrulha onde moro até hoje, é um lugar maravilhoso, perfeito para mim, calmo perto do campo, da lagoa e do mar.

Minha infância foi maravilhosa sempre brinquei de faz de conta com bonecas, e com as minhas amigas e primas. Minha mãe é cabeleireira e meu pai é aposentado por invalidez ele tem distrofia muscular, por isso, era meu pai quem cuidava de mim a maior parte do tempo, mas minha mãe sempre foi  muito presente , pois aproveitava todo tempo livre pra ficar comigo.  Eles me criaram com muito amor e carinho, e me formaram uma pessoa digna, batalhadora e honesta, estas são as qualidades que eles mais prezam nas pessoas, me ensinaram com suas atitudes que nunca se deve desistir por pior que sejam os desafios e que o amor supera tudo.
 Aos seis anos fui para escola que fica bem perto da minha casa. E foi lá que conclui a oitava série, nunca rodei nenhum ano e raramente peguei recuperação, pois amo estudar e me dedico para isto. Ingressei então em uma escola no centro da cidade e optei pelo Curso Normal Médio, devido a muitos conselhos de minha mãe. E foi por causa de meus pais que me formei, em muitos momentos pensei em desistir, mas minha mãe dava apoio moral e o meu pai me ajudava muito nos trabalhos manuais e escritos, pois eram muitas tarefas, algumas que julgo até hoje desnecessárias e outras que sinto falta de ter aprendido. Mas foi no estágio que me descobri como professora, apesar de me sentir despreparada eu tinha que fazer, e foi nesta etapa da minha vida que tive muitos aprendizados, aprendi muito com minhas titulares, mas quem mais me ensinou foram meus alunos, as crianças mais queridas deste mundo, eu sinto muita falta deles e eles de mim, pois até hoje me ligam.
Atualmente eu e meu marido estamos construindo nossa casa e temos muitos planos para o futuro, inclusive um filho, que é o meu sonho, trabalho como esteticista com minha mãe no salão de beleza, eu amo o que eu faço, mas também amo ensinar e por isso não vou desistir da minha vocação que é ser educadora. Sempre quis ter uma graduação e apenas juntei o útil ao agradável, pois queria fazer pedagogia, e como meu estágio foi realizado metade em uma escola urbana e outra em uma escola rural eu senti a diferença das condições, dos alunos, das necessidades, e das exigências de cada escola, então estou certa de que a pedagogia rural é o que preciso para ser uma profissional bem qualificada, para a área em que pretendo atuar, reunindo uma boa qualificação, a dedicação e o amor que tenho pelos pequeninos estarei preparada para ser mais uma professora em busca de um mundo melhor.                                                                                              



Nestas imagens estão alguns personagens que foram fundamentais para a construção desta história:






Turmas em que realizei meu estágio do magistério,
acima a turma do maternal I, Escola M. E.I .Pequeno Aprendiz, e
abaixo a turma do 1° ano da E.M.E.F Nossa Srª Medianeira
  
Todas estas pessoinhas são muito importantes para mim, e me ensinaram demais !

Professor Alfeu fundamental na construção de muitos conhecimentos, assim como meu pai ele me ensinou muita coisa, ambos são as pessoas mais sábias que conheço. 




Esta sou eu com dois aninhos


Meu pais  em minha formatura do magistério.
E abaixo em meu aniversário de dois anos.
 
Eu e meu marido em minha formatura
Momento inesquecível 

Meu padrinho e anjo da guarda

 Meus avós paternos